CONHECENDO A LENDA DO BOI ÁPIS
Geraldo Victorino de França (Voinho)
Ápis era o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que procedia simultaneamente de Osiris e de Ptah.
O touro que era escolhido pelos egípcios, além de possuir várias marcas distintivas de nascença, devia ser basicamente negro, pois essa cor estava associada a seu maior atributo, a promoção da fertilidade, a exemplo da terra escura e fértil originada das inundações do rio Nilo.
Uma vez identificado, Ápis levava uma vida comparável à de um faraó, o único ente além do animal tido efetivamente como um deus na Terra. Enquanto vivo, o boi-deus habitava um templo próprio que contava com serviçais e sacerdotes encarregados de bem alimentá-lo, de lhe fornecer selecionadas vacas para copular e de render suntuosas adorações. Quando morria, Ápis era mumificado, pranteado e depositado numa necrópole exclusiva, chamada Serapium.
Desses cemitérios de Ápis, o mais importante foi o de Menfis, a cidade que, não por acaso, era o centro do culto de Ptah e, consequentemente, do boi-deus.
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