domingo, 1 de janeiro de 2012
CONHECENDO O REGOLITO
Geraldo Victorino de França (Voinho)
Dá-se o nome de regolito ou manto de intemperismo à camada superficial da crosta terrestre, não consolidada, resultante do intemperismo, isto é, da ação dos agentes atmosféricos ( temperatura, chuva, vento, etc. ) sobre as rochas, provocando a sua desagregação e decomposição química. A sua espessura varia de alguns centímetros até dezenas de metros.
O regolito recobre a maior parte da crosta continental, embora sejam frequentes os afloramentos de rochas, principalmente nas áreas escarpadas. Pode ser residual ou transportado. Diz-se que o regolito é residual quando se constitui de material originário da rocha subjacente; de outro modo, denomina-se regolito transportado. O transporte de material intemperizado de um local para outro pode ser feito pela água, pelo vento ou pelo gelo.
Normalmente, a parte superior do regolito se apresenta diferenciada em camadas ou horizontes, constituindo o solo, que é explorado pelas raízes das plantas terrestres, para a sua fixação e absorção de nutrientes minerais - nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, etc.
O intemperismo pode ser: físico, químico e biológico. O calor solar é o principal agente de intemperismo físico, causando dilatações e contrações diárias, que acabam provocando a desagregação das rochas. A água é o fatorpreponderante do intemperismo químico, provocando alterações na composição dos minerais constituintes das rochas, através de: hidrólise, oxidação, redução, hidratação, etc. Ocorre também intemperismo biológico, pela ação das raízes e de diversos organismos.
Assim, os minerais primários, constituintes das rochas, são em parte transformados em minerais secundários, formados no regolito ou no solo. São exemplos de minerais primários: micas, feldspatos, quartzo, anfibólios, piroxênios, etc; e de minerais secundários: caulinita, óxidos de ferro ( hematita ), óxidos de alumínio ( gibsita ) , etc.
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