quinta-feira, 2 de agosto de 2012

CONHECENDO A FLORA MARINHA



Geraldo Victorino de França (Voinho)

No mar, como na terra, a vida animal depende da vida vegetal para alimentar-se. Somente as plantas providas de clorofila são capazes de captar a energia da luz solar e usá-la para a produção de compostos orgânicos ( carboidratos, lipídeos, proteínas ) a partir de inorgânicos ( dióxido de carbono, água e sais minerais). Esse processo chama-se fotossíntese e é fundamental para os seres vivos.
          Os sargaços ( algas flutuantes com apêndices foliáceos ) dos litorais desempenham essa função na cadeia alimentar da vida marinha, mas tal papel é secundário. Mais de 90% da vida vegetal marinha é constituída por minúsculas plantinhas que flutuam nos 30 metros superiores do oceano, juntamente com minúsculos animais também flutuantes. O conjunto desses seres microscópicos chama-se " plâncton ", que se subdivide em fitoplâncton ( plantas ) e zooplancton ( animais ). A maioria desses microorganismos não ultrapassa dois décimos de milímetro.
         Os mais importantes dos microorganismos do plâncton são as algas unicelulares  chamadas Diatomáceas, que constituem seis décimos de toda a vida plantônica. Muitos animais marinhos comem essas algas e são, por sua vez, comidos por outros animais maiores.
          Além das algas plantônicas unicelulares, encontram-se também algas pluricelulares, que formam grandes colônias. Distinguem-se algas verdes, algas azuis, algas pardas e algas vermelhas, algumas das quais podem atingir vários metros de comprimento. A maioria das algas têm clorofila, embora apresentem também outros pigmentos. Assim, as algas constituem a base da cadeia alimentar dos ecossistemas marinhos.
         Outro ambiente da vida vegetal no mar é o leito raso ao longo da plataforma continental. Ai brotam plantas superiores ( fanerógamas ), enraizadas no fundo, incluindo os mangues. Essas plantas contribuem para aumentar as reservas alimentares dos animais marinhos.
  

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