Geraldo Victorino de França (Voinho)
Na simbiose há ajuda mútua, cooperação. O exemplo clássico é representado pelos
líquens - associações de uma alga com um fungo filamentoso. Graças à simbiose,
os líquens podem sobreviver em lugares inóspitos, como em altas
montanhas, em regiões desérticas e até em regiões árticas. Os líquens são
típicos da tundra - vegetação das regiões frias.
No caso do comensalismo, a cooperação é, de certa forma, unilateral: um
indivíduo serve-se de outro sem
prejudicá-lo para: a) alimentar-se, como certos besouros que vivem em câmaras
de lixo dos formigueiros; b) locomover-se, como a mosca-do-berne, que coloca
seus ovos sobre outras moscas para serem
transportados para o gado.
Já no parasitismo, um organismo vive associado a outro, de espécie diferente
denominado hospedeiro, do qual depende para obter o seu alimento. O parasitismo
tanto pode ocorrer entre plantas como entre animais. No caso dos vegetais, os
parasitas são plantas heterófitas, incapazes de produzir compostos
orgânicos a partir de inorgânicos ( via fotossíntese ); portanto,
devem retirá-los de outras plantas capazes dessa função, chamadas plantas
autótrofas. Como exemplo pode ser citado o cipó-chumbo.
No
caso dos animais, o parasitismo pode ser: a) temporário, exemplificado pela
lombriga, sanguessuga, etc.; b) permanente, como a maioria dos fungos e
bactérias que causam doenças nos hospedeiros, quer sejam plantas, animais
ou o próprio homem.