terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CONHECENDO AS ROCHAS



Geraldo Victorino de França (Voinho)

Rochas são agregados naturais, consolidados, que compõem a litosfera ou crosta
terrestre. São encontradas tanto na crosta emersa ou continental, como na crosta submersa ou oceânica.
Enquanto a crosta oceânica está coberta pela hidrosfera ( oceanos e mares ), a
crosta continental em sua maior parte se apresenta coberta por uma camada de material não consolidado, chamada regolito ou manto de intemperismo, cuja espessura varia de alguns centímetros a dezenas de metros. Todavia, são freqüentes os afloramentos de rochas, principalmente m áreas escarpadas.
O regolito resulta da ação dos agentes atmosféricos ( temperatura, chuva, vento, etc.) sobre as rochas, provocando a sua desagregação e alterando a sua composição.
Grande é a diversidade de rochas, cujo estudo cabe à Petrologia. Quanto à sua composição, distinguem-se: a) rochas uniminerais ou que contêm um só mineral: calcário (carbonato de cálcio ), dolomito ( carbonato duplo de cálcio e magnésio ), quartzito (quartzo ), etc.; b) rochas poliminerais ou que contêm dois ou mais minerais: granito (quartzo, feldspato e mica ), basalto ( plagioclásio e augita, com ou sem olivina ), etc.
Quanto à origem, as rochas podem ser divididas em 3 grupos: a) ígneas ou magmáticas; b) sedimentares; c) metamórficas.
As rochas ígneas resultam do resfriamento do magma vulcânico. Quando este se consolida na superfície da crosta, as rochas são chamada efusivas ou extrusivas; quando se consolida no interior da crosta, entre camadas de outras rochas, são denominadas intrusivas. As rochas ígneas com baixo teor de sílica ( óxido de silício ) recebem a designação de rochas básicas ( basalto ); as que possuem alto teor de sílica são consideradas rochas ácidas ( granito).
As rochas sedimentares resultando transporte, deposição e consolidação de material detrítico no fundo de mares e lagos. Exemplos: argilito, folhelho, arenito, calcário, etc.
As rochas metamórficas resultam de transformações de rochas preexistentes, por ação de altas pressões e/ou altas temperaturas. Exemplos: gnaisse, xisto, mármore, etc.

sábado, 28 de janeiro de 2012

-CONHECENDO AS MONTANHAS


Geraldo Victorino de França ( Voinho)

Montanhas são elevações ou saliências do relevo terrestre, de tamanho e amplitude variáveis, que ocorrem isoladas ou agrupadas e que se sobressaem na paisagem. Quando isoladas e de altitudes modestas, recebem diversos nomes: monte, colina, outeiro, morro. Quando estão agrupadas e com altitudes elevadas, constituem uma serra, cadeia de montanhas ou cordilheira. Seus pontos mais altos recebem o nome de picos ou cumes que, ligados formam o espigão, linha de cumeada ou crista. Seus lados formam as vertentes ou encostas que vão terminar, na sua porção inferior, na base ou sopé.
As montanhas resultam da ação de dois tipos de forças: a) internas ou endógenas, que incluem os dobramentos, falhamentos e abalos sísmicos ou terremotos; b) externas ou exógenas, como o vulcanismo e a erosão.
As maiores cadeias de montanhas geralmente se localizam nas regiões onde terremotos e vulcões são freqüentes. Os Alpes, o Himalaia, as montanhas Rochosas e os Andes são relativamente recentes e resultaram da colisão de placas tectônicas, ocorridas nos últimos 25 milhões de anos. Já os montes Urais, os Apalaches e a Serra do Mar resultaram de movimentos tectônicos muito antigos.
Algumas montanhas são de origem vulcânica, como o Mauna Loa, no Hawaí; outras, de menor expressão, resultaram de processos erosivos.
Os picos mais altos do mundo estão localizados na cordilheira do Himalaia, na Ásia Central, destacando-se o pico do Everest, com 8.840 metros de altitude.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CONHECENDO AS PLANTAS OLEAGINOSAS


Geraldo Victorino de França (Voinho)

São conhecidas por esse nome várias plantas de diferentes famílias botânicas que produzem frutos e/ou sementes ricos em óleos, largamente utilizados na alimentação humana e animal e na indústria para fabricação de diversos produtos, inclusive lubrificantes.
Os produtos gordurosos (ou lipídeos) do reino vegetal são, quimicamente, ésteres de glicerina e ácidos graxos que, à temperatura ambiente, podem apresentar consistência sólida ou líquida. No primeiro caso, costuma-se falar de "gordura"; e no segundo, de “óleo” . A consistência dos produtos gordurosos depende da natureza dos ácidos graxos predominantes na sua composição. Os ácidos graxos mais comuns são: palmítico, esteárico e oléico. Os dois primeiros conferem consistência sólida aos lipídeos; o ácido oléico, por outro lado, é o principal componente dos óleos vegetais.
Os óleos podem ser divididos em dois grupos: a) secativos, que em contato com o ar, endurecem rapidamente; b) não-secativos.
1. Óleos não-secativos. São produtoras de óleos não-secativos as palmeiras e outras plantas. No caso das palmeiras, os óleos são extraídos dos frutos, destacando-se: coqueiro-da-bahia, dendezeiro, babaçu, buriti, macaíba, etc. No caso de outras plantas, os óleos são extraídos das sementes, podendo citar-se como os mais importantes, os seguintes: algodão, soja, amendoim, mamona, girassol e gergelim, bem como a oliveira (azeite ou óleo de oliva) muito cultivada na Europa.
2.Óleos secativos. As principais plantas produtoras de óleos secativos são: linho ( óleo de linhaça ), tungue e oiticica.
3.Plantas produtoras de gorduras vegetais. As principais são as seguintes: ucuuba (sebo de ucuuba), pequiá (manteiga de pequiá), cacaueiro (manteiga de cacau) e pau-de-sebo.
As tortas residuais da extração de óleos vegetais são empregadas na alimentação dos animais, exceto a torta de mamona que, por possuir uma proteína tóxica, é usada exclusivamente como adubo.

sábado, 21 de janeiro de 2012

CONHECENDO OS VENTOS


Geraldo Victorino de França (Voinho)

Dá-se o nome de vento ao deslocamento horizontal de massas de ar dentro da troposfera, isto é, da camada inferior da atmosfera, provocado por diferenças de pressão atmosférica. Nas áreas de baixa pressão, o ar em ascensão é substituído pelo ar das áreas de alta pressão, dando origem ao vento.
Os ventos podem ser: a) uniformes - com fluxo laminar, exemplificados pelos alíseos;
b) turbulentos - com fluxo turbulento, como os ciclones. Também podem ser regionais ou locais.
Os ventos regionais ocorrem em regiões bem definidas, podendo citar-se como exemplos o iroco, no norte da África, e o minuano no sul do Brasil. Os ventos locais ocorrem em áreas restritas. Existem ainda ventos periódicos, como as brisas, que são ventos fracos que ora sopram da terra para o mar (brisas terrestres), ora do mar para aterra ( brisas marinhas). Isto se deve ao fato de a terra se aquecer ou esfriar mais rapidamente do que as águas do mar. Sob o ponto de vista da Agricultura, a ação dos ventos pode trazer efeitos benéficos ou nocivos. Assim, os ventos fracos ou moderados produzem efeitos benéficos no transporte de pólen, sementes e frutos, sendo responsáveis pela multiplicação de muitas espécies vegetais.
Desempenham também papel importante na evaporação d a água do solo e da transpiração vegetal. Como exemplo de ação nociva pode ser citada a erosão eólica (transporte de partículas do sol ), que ocorre quando ventos fortes atuam em áreas planas sem ou com pouca vegetação, principalmente nos desertos, onde formam as dunas. Outra ação nociva é provocada por ventos muito fortes, denominados furacão, tufão ou tornado, que podem adquirir grandes velocidades, superiores a 100km por hora, causando estragos, principalmente em áreas povoadas.
Nas regiões onde os ventos são frequentes, costuma-se usar barreiras densas, chamadas quebra-ventos, formadas por renques de árvores e arbustos, dispostos perpendicularmente à direção dos ventos predominantes.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

CONHECENDO OS ECOSSISTEMAS TERRESTRES - 2


Savana em Serengeti na África

Geraldo Victorino de França (Voinho)

3. Savana ( continuação )
A fauna da savana é rica em animais herbívoros, principalmente na África, onde se encontram: girafa, zebra, gnu, impala, etc., seguidos por seus predadores - leão, tigre, hiena, etc, Também são freqüentes as aves corredoras, como avestruz e ema.
4. Estepe. Nome dado a uma formação herbácea descontínua que ocorre em regiões cujo clima tem um período de seca prolongada, como no sul da Rússia. Inclui as pradarias da América do Norte e a caatinga do Nordeste do Brasil. Além das gramíneas, a sua flora inclui várias plantas xerófitas; e a fauna, animais como cão-da-estepe, hamster, bisão, antílope, cobras, lagartos, etc.
5.Deserto.Ecossistem que recobre cerca de um terço da superfície terrestre, destacando-se o deserto do Saara, no norte da África, o deserto de Gobi, na Ásia Central e o deserto do Colorado, na América do Norte. Devido à baixa precipitação, a vegetação é escassa, compreendendo essencialmente: a) plantas xerófitas, adaptadas à seca, como os cactos; b) plantas anuais chamadas efemerófitas, isto é, de ciclo muito curto, capazes de se desenvolver em poucas semanas, por ocasião das raras chuvas. Os animais do deserto são principalmente répteis (cobras e lagartos ), roedores de atividade noturna, feneco, chacal, camelo, dromedário, etc.
6. Taiga.é uma floresta de coníferas, localizada nas regiões mais frias da zona
temperada, como no norte da América, da Europa e da Ásia. As plantas são geralmente de folhas aciculadas ( estreitas ), como pinheiro, lariço, abeto, etc. É habitada por veado, alce, urso, lobo e diversas aves.
7. Tundra.Ecossistema típico da região polar norte, constituído por um tapete de musgos e liquens e alguns arbustos anões, como a bétula. No subsolo existe uma camada permanentemente congelada, chamada " perma-frost ". A fauna é pobre e adaptada ao frio: boi almiscarado, rena, urso polar, perdiz das neves, coruja das neves, etc.

domingo, 15 de janeiro de 2012

CONHECENDO OS ECOSSISTEMAS TERRESTRES - 1


Geraldo Victorino de França (Voinho)

Denomina-se ecossistema uma comunidade de organismos ( componente biótico ) que interagem tanto entre si como com o meio não-vivo ( componente abiótico ou físico ) em que vivem. Existe grande diversidade de ecossistemas que, basicamente, podem ser divididos em dois grupos: a) terrestres; b) aquáticos, sub-divididos em: b1) marinhos; b) de água doce.
Os ecossistemas terrestres caracterizam-se por combinações peculiares de clima, solo, flora e fauna. Os principais ecossistemas terrestres são: a) floresta tropical; b) floresta temperada; c) savana; d) estepe; e) deserto; f) taiga; g) tundra.
1. Floresta tropical. Ocorre em regiões de clima quente e úmido, como na Amazônia, na bacia do rio Congo ( na África ) e no sudeste da Ásia. Ocupa cerca de 20% da superfície terrestre e contém mais de 1,5 milhões de espécies vegetais e animais. A flora é muito rica em árvores de folhas perenes, formando dois ou três andares. Também são abundantes as lianas ou cipós e as plantas epífitas ( orquídeas, filodendros, etc.). São mais freqüentes os animais arborícolas, como macacos, preguiça, papagaio, etc. e mais raros os que se locomovem no solo, como anta, tatu, jibóia, etc.
2. Floresta temperada.Ocorre em regiões de clima com estação fria pronunciada, ocupando grande parte da América do Norte, da Europa e da Ásia. Atualmente, encontra-se já bastante devastada, principalmente na Europa.
Nela predominam as árvores de folhas caducas, como o carvalho e a faia. Eram freqüentes os pequenos animais, como esquilo, castor, doninha, etc., bem como urso, lobo, veado, etc.
3. Savana .Ocorre em regiões úmidas com estação seca prolongada, como na África Central e no Brasil Central, onde é chamada de " cerrado ". Trata-se de campo com predominância de gramíneas, à quais se juntam algumas espécies arbóreas e arbustivas, como baobá e acácias na África e os chamados " paus tortos " no Brasil - barbatimão, pequi, pau-santo, etc.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CONHECENDO OS ANIMAIS HERBÍVOROS


Geraldo Victorino de França ( Voinho)

Dá-se o nome de herbívoros aos animais que se alimentam basicamente de vegetais, principalmente de ervas, folhas, raízes e frutos, em contraposição aos carnívoros, que se alimentam predominantemente de carne.
Além de material herbáceo, vários animais comem cascas de árvores, como o alce e o castor; ou então, frutos e sementes, como o sanhaço.
São herbívoros típicos os mamíferos Ungulados ( com cascos ) que se enquadram em duas grandes ordens:
a) Perissodáctilos, que incluem: cavalo, anta, elefante, rinoceronte, etc.
b) Artiodáctilos, com duas sub-ordens: b1) Suínos: porco, javali, hipopótamo, etc.; b2) Ruminantes: boi, carneiro, girafa, veado, etc.
Esses herbívoros cortam as ervas com os dentes incisivos, ou as arrancam e trituram com os molares, que se desgastam rapidamente. Seus intestinos, muito longos, segregam uma enzima capaz de atacar a celulose; e abrigam uma micro-fauna e microflora que favorecem a digestão. No caso dos ruminantes, o alimento ingerido volta à boca para uma segunda mastigação.
Os herbívoros assumem grande importância devido ao fato de incluírem muitos animais domésticos , que fornecem vários produtos úteis ao homem, tais como: carne, leite, banha, lã, couro, etc.
Além dos já citados, outros animais também se alimentam basicamente de vegetais. Assim, certos roedores (rato, coelho, paca, capivara, etc.) alimentam-se de raízes, tubérculos, folhas e grãos de cereais, podendo causar sérios danos. Muitas aves também se alimentam de frutos e sementes, podendo citar-se: pardal, tico-tico, sabiá, sanhaço, pombo, etc.
Entre os insetos, tanto na forma adulta como larval, é grande o número dos que se alimentam das partes verdes das plantas, espontâneas ou cultivadas, tais como: formigas, grilo, gafanhoto,diversas lagartas, etc, ou ainda, que destróem os grãos armazenados , como: caruncho, gorgulho, diversa brocas, etc. Por isso, esses insetos são considerados pragas da agricultura e combatidos com inseticidas.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CONHECENDO AS AVES DE RAPINA

gavião

Geraldo Victorino de França (Voinho)

As aves são animais vertebrados ovíparos, isto é, que põem ovos. Possuem respiração pulmonar e sangue quente, maxilares revestidos por bicos córneos; seus membros posteriores são os únicos que servem para apoio no chão e locomoção terrestre, pois os anteriores foram transformados em asas, adaptadas para o vôo.
As aves de rapina, que contam cerca de 400 espécies, são carnívoras, dispondo de garras fortes e aduncas, e bico superior curvado e agudo. Possuem excelente aptidão para o vôo, desenvolvendo a atividade predadora em dois turnos: diurno e noturno. Aproximadamente 2/3 dessas aves são diurnas, incluindo: gavião, falcão, águia, condor e abutre; são ativas do amanhecer ao crepúsculo. O outro terço é constituído pelas corujas, que são caçadoras noturnas.
As corujas possuem face achatada e excelente visão noturna, sendo capazes de capturar um rato vivo na escuridão da noite.
A tática de ataque usada tanto por um gavião como por uma coruja é a mesma: descer em vôo vertical sobre a presa e golpeá-la com as garras aduncas. Os abutres geralmente não atacam as presas vivas, alimentando-se de carniça, por isso seus pés têm garras mais fracas.
Os gaviões, caçadores de aves menores, usam a tática de ataque de surpresa, podendo executar manobras rápidas. O serpentário, como o próprio nome indica, especializou-se em caçar serpentes e, por isso, suas longas pernas são protegidas por verdadeiras couraças. O minhoto, que come vespas, tem uma armadura protetora facial, feita de pequenas penas escamosas e duras. O gavião-caranguejeiro, que se alimenta de caramujos, tem um enorme gancho no maxilar superior.
Algumas aves têm tendência para a pirataria. As fragatas, por exemplo, costumam perseguir os atobás quando eles voltam da pesca no mar, obrigando-os a vomitar os peixes que engoliram.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CONHECENDO AS PLANTAS TÓXICAS


Geraldo Victorino de França (Voinho)

Toxicidade é a capacidade de um produto (geralmente um composto químico), de manifestar efeitos danosos em organismos. A toxicidade depende da dosagem: geralmente, uma substância tóxica só produz efeitos em altas concentrações. Assim, por exemplo, a cocaína que, em pequenas doses é usada como anestésico, em doses elevadas torna-se tóxica.
Segundo a crendice popular, grande é o número de plantas tóxicas; porém, muitas delas se mostraram inócuas quando submetidas à experimentação. Portanto, vamos relacionar apenas as espécies cuja toxicidade foi comprovada.
Dentre as plantas tóxicas para o gado, podem ser citadas: a) tingui, um arbusto
trepador comum nas regiões secas do País; b) maniçoba, uma árvore também encontrada nas regiões secas do Nordeste Brasileiro; c) erva-de-rato, uma planta sub-arbustiva que ocorre principalmente no leste do País; d) alecrim-de-campinas, árvore muito utilizada na arborização urbana; seus brotos contêm ácido cianídrico.
Dentre as plantas ornamentais que podem causar efeitos tóxicos, principalmente em crianças, podem ser citadas: a) dama-da-noite, um arbusto conhecido por suas flores que exalam perfume à noite; b) comigo-ninguém-pode, cultivada como folhagem; c) espirradeira, arbusto de belas flores, comum em jardins e praças públicas; d) chapéu-de-napoleão, pequena árvore ornamental; etc.
A mamoneira é uma planta cultivada para a produção de óleo, cuja torta residual só serve como adubo, não sendo recomendada para alimentação dos animais devido à sua toxicidade.
Dentre as plantas que possuem espinhos causticantes, destacam-se: a) urtiga,
planta comum na Mata Atlântica; b) cansanção, arbusto comum no sul da Bahia; c) pó-de-mico, uma leguminosa trepadeira; etc.
A coca é um arbusto de cujas folhas se extrai a cocaína, um alcalóide usado em medicina como anestésico. O uso habitual da cocaína torna-se um vício prejudicial à saúde. Também a maconha, uma variedade de cânhamo cujas folhas e flores são empregadas em farmácia como narcótico, pode tornar-se um vício.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

CONHECENDO A BIOSFERA


Geraldo Victorino de França (Voinho)

Dá-se o nome de biosfera ao espaço do globo terrestre que abriga os seres vivos. Inclui os oceanos, rios e lagos, bem como a porção superficial da crosta continental até uma profundidade de poucos metros, e ainda a parte mais baixa da atmosfera. A característica básica da biosfera é a sua heterogeneidade, abrangendo ambientes terrestres e aquáticos, onde vivem diferentes organismos vegetais e animais.
Os seres vivos podem ser divididos em dois grandes grupos: a) autotróficos, representados pelas plantas verdes, capazes de utilizar a energia solar para sintetizar compostos orgânicos a partir de inorgânicos ( fotossíntese ); b) heterotróficos, incapazes de produzir compostos orgânicos a partir de água e dióxido de carbono e que vivem, direta ou indiretamente, à custa dos autotróficos, como é o caso dos animais.
A biosfera contém todos os ecossistemas, terrestres e aquáticos, bem como a água, o ar e os demais nutrientes que os seres vivos necessitam para sobreviver. Tudo na biosfera se relaciona - a atmosfera ajuda a purificar a água, reciclando-a, e também fornece dióxido de carbono para a fotossíntese das plantas e oxigênio para a respiração das plantas e animais; as plantas fornecem alimentos para os animais e liberam oxigênio necessário à respiração; o solo fornece água e nutrientes minerais ( nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, etc. ) para as plantas.
Cada espécie de organismo está adaptada a um habitat particular e ocupa uma determinada posição na cadeia alimentar, constituindo um nicho ecológico. Freqüentemente, os nichos se sobrepõem, provocando a competição por recursos. Assim, diferentes organismos podem ter nichos ecológicos semelhantes, constituindo uma comunidade biótica. Existem milhares de comunidades diferentes, mas elas podem ser divididas basicamente em dois grupos: a) terrestres ( florestas, campos, desertos, etc. ); b)aquáticos ( marinhos e de água doce ). As comunidades bióticas e o ambiente funcionam em conjunto, como um sistema ecológico ou ecossistema.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

CONHECENDO OS ANIMAIS OFIÓFAGOS

Geraldo Victorino de França (Voinho)

Animais ofiófagos, como o nome indica, são animais que se alimentam de cobras. A proteção a esses animais constitui importante medida auxiliar no combate ao ofidismo.
No Brasil, são conhecidas várias espécies de animais que atacam e ingerem cobras. Dentre elas destacam-se as seguintes: a) zorilho ou cangambá; b) gambá; c) ema e seriema; d) gavião chamado carancho, também conhecido no Nordeste por carcará; e) aranha-caranguejeira, capaz de comer cobras pequenas. Entretanto, o mais notável animal ofiófago é a muçurana, uma cobra preta que atinge 2.5 metros de comprimento, a qual ataca corais, cascavel, jararaca e outras cobras, e as devora. Outra cobra ofiófaga é a parelheira, bem menor que a muçurana; por isso, alimenta-se apenas de cobraspequenas.
Na África e na Índia encontra-se o mangusto, um pequeno mamífero carnívoro, que se alimenta de ovos, ratos, rãs e cobras pequenas. Na África do Sul existe o serpentário, uma ave que possui pernas longas e um poderoso bico adunco, que se alimenta principalmente de serpentes.

domingo, 1 de janeiro de 2012

CONHECENDO O REGOLITO


Geraldo Victorino de França (Voinho)

Dá-se o nome de regolito ou manto de intemperismo à camada superficial da crosta terrestre, não consolidada, resultante do intemperismo, isto é, da ação dos agentes atmosféricos ( temperatura, chuva, vento, etc. ) sobre as rochas, provocando a sua desagregação e decomposição química. A sua espessura varia de alguns centímetros até dezenas de metros.
O regolito recobre a maior parte da crosta continental, embora sejam frequentes os afloramentos de rochas, principalmente nas áreas escarpadas. Pode ser residual ou transportado. Diz-se que o regolito é residual quando se constitui de material originário da rocha subjacente; de outro modo, denomina-se regolito transportado. O transporte de material intemperizado de um local para outro pode ser feito pela água, pelo vento ou pelo gelo.
Normalmente, a parte superior do regolito se apresenta diferenciada em camadas ou horizontes, constituindo o solo, que é explorado pelas raízes das plantas terrestres, para a sua fixação e absorção de nutrientes minerais - nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, etc.
O intemperismo pode ser: físico, químico e biológico. O calor solar é o principal agente de intemperismo físico, causando dilatações e contrações diárias, que acabam provocando a desagregação das rochas. A água é o fatorpreponderante do intemperismo químico, provocando alterações na composição dos minerais constituintes das rochas, através de: hidrólise, oxidação, redução, hidratação, etc. Ocorre também intemperismo biológico, pela ação das raízes e de diversos organismos.
Assim, os minerais primários, constituintes das rochas, são em parte transformados em minerais secundários, formados no regolito ou no solo. São exemplos de minerais primários: micas, feldspatos, quartzo, anfibólios, piroxênios, etc; e de minerais secundários: caulinita, óxidos de ferro ( hematita ), óxidos de alumínio ( gibsita ) , etc.