"VOINHO"

Geraldo Victorino de França é engenheiro agrônomo, professor aposentado da Esalq/USP – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Foi casado com a professora Zilda Giordano Victorino de França, tiveram 4 filhos, 12 netos e cinco bisnetas. Os verbetes surgiram como um hobby,enviados pela Internet aos filhos e netos. São curiosidades e notas explicativas sobre temas diversos. Como são assuntos interessantes e educativos, surgiu a ideia de compilá-los num livro. Muitos desses verbetes já foram publicados na Enciclopédia Agrícola Brasileira, editada pela Esalq/USP e também na coluninha PLANETA TERRA que era publicada aos sábados no Jornalzinho, suplemento infantil do JORNAL DE PIRACICABA. Também já colaborou na coluna PECADOS DA LÍNGUA, coordenada por Elisa Pantaleão, veiculada aos sábados no jornal A GAZETA DEPIRACICABA.
É membro da Academia Piracicabana de Letras - Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior

“Voinho” é o apelido carinhoso como é chamado pelos netos e bisnetas.

Seguidores

Aprenda com o Voinho

Aprenda com o Voinho
Aprenda com o Voinho

Geraldo e Zilda ( Voinho e Voinha)

Geraldo e Zilda ( Voinho e Voinha)

Voinho, neta e bisnetas

Aprendendo com o Voinho

Aprendendo com o Voinho
by Mara Bombo

quarta-feira, 21 de julho de 2021

De calouro a professor da ESALQ

 



Ivana Maria França de Negri

 

            Nos idos de 1942, meu pai, Geraldo Victorino de França, entrou na faculdade de Agronomia, na então Escola Agrícola Prática de Piracicaba, fundada em 1901. Nem imaginava que seria professor na sua querida Escola, por décadas depois de formado.

            Era motivo de muito orgulho para as famílias ter um filho estudando nessa instituição.

            Meu avô tinha uma imensa fazenda lá pelos lados de Barra Bonita, e meu pai cresceu vendo os colonos arando a terra, fazendo o cultivo e depois a colheita. Estava sempre em contato com a terra e isso o fez criar amor por esse trabalho. Foi quando optou por cursar engenharia agronômica.

            Veio para Piracicaba com 17 anos e foi morar numa das famosas “repúblicas”, como eram chamadas as casas de estudantes. A dele ficava na rua José Pinto de Almeida e os estudantes, eram dez na república, iam de bonde para a Escola Agrícola. Como eram muitos os usuários desse transporte, colocavam um reboque. Meu pai contava que era uma farra, e muitas vezes os estudantes praticavam o “balancê”, que consistia em balançar o reboque até tirar a composição dos trilhos, o que acarretava grande atraso na chegada.

            As repúblicas ostentavam na entrada o famoso “A” encarnado, símbolo da Escola. Os veteranos de outros anos, ditavam as ordens. Assim que chegava um novo morador, batizavam-no com um apelido que o acompanharia até o final do curso. Muitas vezes, o apelido perdurava pela vida toda. Era dado de acordo com as características físicas, lugar de onde veio, defeitos ou aptidões.

            Apelidos como Caolho,  Perneta,  Catatau, Magrelo, Nescau, Baleia, Cabeção, Capiau, poderiam hoje em dia caracterizar bullying, mas na época nem se cogitava uma coisa dessas. E essa tradição existe ainda hoje. Os “bixos” recebem os chapéus de palha já com seus apelidos gravados. E  não há repetição deles.

            Logo no início, era praxe o primeiro corte dos cabelos e os trotes, que eram marcantes, alguns até violentos. O trote acadêmico era uma espécie de prova de fogo. Uns levavam na brincadeira, mas outros, talvez mais tímidos, ficavam atemorizados e marcados para sempre. Hoje em dia estão proibidos.

            Havia também a famosa passeata dos calouros, uma espécie de Banda do Bule, onde os novatos, obrigados e embebedar-se, saíam vestidos de mulher ou com sátiras a governos ou fatos da época. Essa passeata era um evento muito aguardado e marcante.

            Meu pai conheceu minha mãe, uma jovem professorinha, no jardim da praça central. E iniciaram o longo namoro que durou oito anos até o casamento.

            Os estudantes da Escola Agrícola eram chamados de “agricolões”, e eram considerados ótimos partidos pelas famílias das moças em idade de se casar. Hoje, os estudantes se denominam Esalqueanos.

            Existiam e creio que nos dias de hoje também, os jogos esportivos interrepúblicas, e muitas festas nas repúblicas e na Casa do Estudante. Mas os bailes de formatura eram mesmo os mais ansiosamente aguardados, com muita pompa e beleza. Todos usavam trajes de gala, e as orquestras tocavam até o sol raiar.

            Contam que muitos estudantes namoricavam por aqui enquanto faziam o curso, mas no dia da formatura, traziam suas noivas oficiais de suas terras natais causando muito choro e decepção.

             Como diz a música, velhos tempos, belos dias...

terça-feira, 3 de setembro de 2019

DATA DE INVENÇÃO DAS PRINCIPAIS MÁQUINAS



Geraldo Victorino de França (Voinho)

Canhão – ano 1300
Relógio – 1335
Fuzil – 1500
Máquina de somar – 1642
Máquina a vapor – 1712
Trator – 1769
Submarino – 1776
Barco a vapor – 1790
Prensa hidráulica – 1795
Navio – 1807
Motor elétrico – 1822
Turbina hidráulica – 1827
Revólver – 1835
Bicicleta – 1840
Máquina de costura - 1846
Motor de combustão interno – 1860
Máquina de escrever – 1867
Telefone – 1876
Motor a gasolina – 1876
Caixa registradora – 1879
Bonde elétrico – 1881
Ferro elétrico – 1882
Ventilador – 1882
Automóvel – 1885
Motor diesel – 1891
Locomotiva elétrica – 1895
Fogão elétrico – 1896
Avião – 1903
Refrigerador – 1913
Televisão – 1928
Computador – 1928
Rádio FM – 1903
Radar – 1936
Máquina Xerox - 1938

segunda-feira, 29 de julho de 2019

VOINHO - Homenagem


Ana Camilla França de Negri Kantovitz  

Os ciclos da vida que se fecham...fazem de nossa cabeça um turbilhão de pensamentos!
Lembranças de momentos que o tempo levou num sopro...
Voinho estava ali todos os dias e num instante...agora está lá
“Lá” onde ainda não sabemos, não entendemos.
Mas o “Lá” certeiro para todos nós...


terça-feira, 23 de julho de 2019

Hoje, a postagem mais triste deste Blog - Voinho foi ensinar no céu

Hoje, 23 de Julho, Voinho partiu para encontrar seu primeiro e único amor
Aos 93 anos, lúcido, assistindo TV, sua cabeça pendeu, seus olhos se fecharam e ele partiu...
Vai com Deus Voinho, encontre o caminho das estrelas e esparja sua luz entre elas

terça-feira, 9 de julho de 2019

CONHECENDO A COMPETIÇÃO ENTRE SERES VIVOS



Geraldo Victorino de França (Voinho)

               Dá-se o nome de competição à situação em que dois ou mais organismos competem por um recurso natural que está presente em quantidades limitantes para o seu desenvolvimento. Pode ocorrer tanto entre plantas como entre animais.
                  As plantas, por exemplo, competem por: a) água e nutrientes minerais do solo; b) luz solar para a realização da fotossíntese. Nas regiões frias a competição maior é por luz, ao passo que nas regiões pouco chuvosas a competição maior é por água.
             Numa associação vegetal, como por exemplo  uma floresta, estabelece-se grande competição em busca de luz solar, resultando a formação de dois ou mais andares, distinguindo-se plantas dominantes e plantas de sub-bosque.
           Os animais geralmente disputam um território para garantir abrigo, alimentação e reprodução. Nas espécies polígamas, somente o macho vencedor consegue acasalar-se e reproduzir. Também há muita competição por alimento.
                 Convém lembrar que nas plantações feitas pelo homem, normalmente são feitas capinas periódicas, necessárias para evitar a concorrência das ervas daninhas

domingo, 23 de junho de 2019

ESCLARECENDO ALGUMAS DÚVIDAS


      
 Geraldo Victorino de França (Voinho)

                        a) Aclimação ou aclimatação
                   É o processo biológico pelo qual as plantas e os animais se adaptam a novos ambientes, para sobreviver. É uma adaptação a novas condições de alimentação, temperatura, umidade e altitude.
                        Na verdade, não se trata apenas de um processo de adaptação aos fatores climáticos propriamente ditos, mas também às demais condições do novo ambiente, inclusive aos recursos naturais de provisão, às pragas e moléstias, etc.
                        b) Lagarta e lagarto
                        Lagarta é a denominação da larva de borboletas e mariposas, que come vorazmente as partes tenras das plantas, principalmente as folhas.
                   Lagarto é o nome genérico dos répteis Lacertílios, com cerca de 150 espécies conhecidas no Brasil. Exemplos: teiú, camaleão, iguana, geco, etc.
                        c) Por que os urubus não ficam doentes quando comem carne podre?
                       É porque eles têm anticorpos que os protegem e os tornam mais resistentes às infecções que as outras aves. Mesmo assim, o urubu pode se dar mal se ingerir algum alimento contaminado com produtos químicos ou bactérias que não são combatidos por essa defesa natural. Na natureza, são raros os urubus que chegam a viver mais de 5 anos.

terça-feira, 14 de maio de 2019

ESCLARECENDO ALGUMAS DÚVIDAS




 Geraldo Victorino de França (Voinho)

                        a) Mata e mato
                         Mata é uma associação de árvores que crescem espontaneamente, formando uma floresta de pequena extensão territorial.
                         Mato é uma associação de plantas de pequeno porte, que crescem espontaneamente. Quando crescem em terreno cultivado são chamadas ervas daninhas, porque fazem concorrência  com as culturas em água e nutrientes minerais.
                         b) Alqueire e alqueive
                         Alqueire é uma antiga medida de área, usada no Brasil. Distinguem-se dois tios: 1) alqueire mineiro ou goiano, equivalente a 48.400 m2 ou 4,84 ha; 2) alqueire paulista, correspondente a 24.200 m2 ou 2,42 ha.
                         Alqueive ou pousio é uma prática agrícola que consiste em lavrar a terra e deixá-la em descanso por vários meses, geralmente durante o inverno, até o plantio da nova cultura, com o objetivo  de reduzir a infestação de ervas invasoras.
                         c) 12 h e 30 min
                         Costuma-se chamar esse horário de meio dia e meia, subentendendo-se que corresponde à metade do dia mais  meia hora.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

CONHECENDO EXPRESSÕES BASEADAS EM ANIMAIS



Geraldo Victorino de França (Voinho)
   
                       1. A cobra vai fumar
                       2. A vaca foi pro brejo
                       3. Abraço de tamanduá
                       4. Amigo da onça
                       5. Bafo de onça
                       6. Bode expiatório
                       7. Boi de piranha
                       8. Brincar de gato e rato
                       9. Canto do cisne
                      10. Cozinhar o galo
                      11. Da cor de burro quando foge
                      12. Deu zebra
                      13. Dizer cobras e lagartos
                      14. Dormir com as galinhas
                      15. Elefante branco
                      16. Em palpos de aranha
                      17. Estomago de avestruz
                      18. Fazer boca de siri
                      19. Fazer uma vaquinha
                      20. Galinha morta.


quarta-feira, 13 de março de 2019

Significados da palavra TEMPO



Geraldo Victorino de França ( Voinho)

Palavra usada com vários significados.
Tempo 1 – Sucessão das horas, dias, semanas, meses, anos, etc, que envolve, para o homem, a noção de presente, passado e futuro.
Tempo 2 – Momento ou ocasião apropriada para que uma coisa se realize. Uma partida de futebol, por exemplo, é dividida em dois tempos.
Tempo 3 – As condições meteorológicas =num dado momento
Tempo 4 – Flexão indicativa do momento a que se refere a ação verbal ( presente, passado e futuro).

sábado, 9 de março de 2019

CONHECENDO OS MAMÍFEROS AQUÁTICOS



Geraldo Victorino de França (Voinho)

              Os Mamíferos que se adaptaram à vida aquática pertencem a três ordens: a) Cetáceos; b) Pinípedes; c) Sirênios.
              A. Cetáceos. Têm o corpo pisciforme ( semelhante ao dos peixes ), sem pelos, com as patas anteriores transformadas em nadadeiras, sem membros posteriores e, apesar de repirarem por pulmões, não podem viver fora d'água. A respiração é intermitente, feita através de espiráculos que permanecem fechados debaixo  d'água, durante vários minutos. Ao virem à tona expiram o ar viciado e aspiram ar fresco.
               Na maioria são marinhos, como a baleia; alguns são de água doce, como o boto. Variam bastante de tamanho, desde o boto com 1,50 m de comprimento até a baleia-azul, que pode atingir 30 metros e pesar 120 toneladas.
               Dividem-se em duas subordens: a) Odontocetos ou cetáceos com dentes - cachalote, boto, golfinho, etc.; b) Misticetos ou cetáceos providos de barbatanas córneas no maxilar superior, que filtram a água, permitindo-lhes alimentar-se de plâncton, crustáceos e peixinhos - baleia, jubarte, etc.
               B; Pinípedes. Mamíferos aquáticos  que têm os dedos das patas reunidos, constituindo-se em nadadeiras. As nadadeiras motrizes são as anteriores na morsa e na otária; e as posteriores na foca. Quase todos os pinípedes  se alimentam de peixes e vivem sobretudo em águas frias.
               C. Sirênios. Pequena ordem de mamíferos herbívoros de estuários, desprovidos de membros posteriores e munidos de nadadeiras dianteiras, incluindo o peixe-boi e o dugongo.
               Há ainda os mamíferos semi-aquáticosou " anfíbios ", que vivem na terra mas se adaptam também na água, como o hipopótamo, a capivara e a ariranha.

Profª Zilda e Dr. Profº França

Profª Zilda e Dr. Profº França

Esta é a mais nova netinha do Voinho, a Maria Valentina

ORAÇÃO DOS ANIMAIS DA POETISA IVANA M F NEGRI DECLAMADA POR BETTY GOFFMAN NO DOMINGÃO DO FAUSTÃO