Geraldo Victorino de França (Voinho)
Vidro é uma substância sólida, amorfa, transparente ou translúcida e frágil,
composta de polímeros inorgânicos, obtidos por resfriamento de uma massa em
fusão, que endurece pelo aumento de viscosidade. Deste conceito, ficam excluídos
as substâncias orgânicas com propriedades semelhantes, como os plásticos.
Industrialmente, pode-se restringir o conceito de vidro aos produtos
resultantes da fusão, a temperaturas entre 1.000 e 1.500 graus centígrados,
de óxidos ou de seus derivados em misturas, tendo em geral como
constituinte principal o óxido de silício (SiO2 ) que, pelo resfriamento,
solidifica-se sem cristalizar.
Por observação dos três estados - líquido, viscoso e quebradiço -- apresentado
pelo vidro em função da temperatura e pelas variações descontínuas de algumas
de suas propriedades físicas, admite-se que o vidro seja: a) em alta temperatura,
uma solução de íons de silicatos em sílica; b) no estado viscoso, uma agregação
de moléculas combinadas ( polimerizadas ) de silicatos em sílica; c) no estado
rígido, complexos agregados pelos íons, semelhantes a uma espuma ou
esponja.
Na formulação das composições dos vidros, se juntam à silica outros óxidos,
para: a) facilitar a fabricação, ao diminuir a temperatura de fusão; b) regular
as propriedades do produto final, como coeficiente de expansão térmica, índice
de refração, cor, estabilidade química, etc.
Existem vários tipos de vidros, usados para diferentes finalidades. Eles são
fabricados adicionando-se diferentes substâncias à massa em fusão. Como
exemplos, podem ser citados: vidros planos, vidros ópticos, vidros de segurança,
fibras de vidro, etc.
Industrialmente, distinguem-se os vidros planos ( vidraças, espelhos, etc. ) e
os vidros ocos ( fabricação de copos, garrafas, frascos, etc. ).
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