Geraldo Victorino de França (Voinho)
No mar, como na terra, a vida animal depende
da vida vegetal para alimentar-se. Somente as plantas providas de clorofila são
capazes de captar a energia da luz solar e usá-la para a produção de compostos
orgânicos ( carboidratos, lipídeos, proteínas ) a partir de inorgânicos (
dióxido de carbono, água e sais minerais). Esse processo chama-se fotossíntese
e é fundamental para os seres vivos.
Os
sargaços ( algas flutuantes com apêndices foliáceos ) dos litorais desempenham essa
função na cadeia alimentar da vida marinha, mas tal papel é secundário. Mais de
90% da vida vegetal marinha é constituída por minúsculas plantinhas que flutuam
nos 30 metros superiores do oceano, juntamente com minúsculos animais também
flutuantes. O conjunto desses seres microscópicos chama-se " plâncton
", que se subdivide em fitoplâncton ( plantas ) e zooplancton ( animais ).
A maioria desses microorganismos não ultrapassa dois décimos de milímetro.
Os
mais importantes dos microorganismos do plâncton são as algas unicelulares chamadas Diatomáceas, que constituem seis
décimos de toda a vida plantônica. Muitos animais marinhos comem essas algas e
são, por sua vez, comidos por outros animais maiores.
Além
das algas plantônicas unicelulares, encontram-se também algas pluricelulares,
que formam grandes colônias. Distinguem-se algas verdes, algas azuis, algas
pardas e algas vermelhas, algumas das quais podem atingir vários metros de
comprimento. A maioria das algas têm clorofila, embora apresentem também outros
pigmentos. Assim, as algas constituem a base da cadeia alimentar dos
ecossistemas marinhos.
Outro
ambiente da vida vegetal no mar é o leito raso ao longo da plataforma continental.
Ai brotam plantas superiores ( fanerógamas ), enraizadas no fundo, incluindo os
mangues. Essas plantas contribuem para aumentar as reservas alimentares dos
animais marinhos.
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